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CDBs de bancos médios e pequenos: 3 pontos para avaliar antes de investir

Descubra os 3 pontos essenciais para avaliar antes de investir em CDBs de bancos médios e pequenos e faça escolhas mais seguras e rentáveis

Taxas mais altas atraem, mas investir em CDBs de bancos médios e pequenos exige alguns cuidados para evitar riscos desnecessários. Em busca de rentabilidade acima da média, muitos investidores miram nesse tipo de título, que costuma oferecer taxas mais atrativas do que as grandes instituições financeiras.

No primeiro semestre de 2025, os investimentos de pessoas físicas somaram R$ 7,9 trilhões no Brasil, 6,8% a mais do que no ano passado, segundo dados da Anbima. Desse montante, a renda fixa mantém o protagonismo, representando quase 60% dos investimentos – ou R$ 4,68 trilhões – em razão da Selic mais alta.

Embora a taxa seja um atrativo importante, é fundamental entender o que está por trás desses números. Mesmo que a remuneração mais alta dos CDBs de bancos médios não signifique risco elevado, ela reflete a necessidade que essas instituições têm de oferecer retorno adicional para captar recursos no mercado. Esse diferencial pode representar uma boa oportunidade, desde que o investidor preste atenção em alguns aspectos básicos, como veremos a seguir.

Solidez da instituição

Avaliar a saúde financeira da instituição emissora é fundamental para quem pensa em investir em um CDB de banco médio. Esse cuidado ajuda a entender se o banco terá condições de realmente pagar a taxa que ofereceu aos investidores.

Aqui, uma das principais referências são os ratings de crédito de agências classificadoras, como S&P, Moody´s e Fitch. De acordo com a nota da instituição, é possível conhecer a solidez do banco e avaliar a probabilidade de uma eventual dificuldade de crédito.

O Banco Central também disponibiliza uma central de demonstrações financeiras das entidades que ele supervisiona. Consultar esses dados é uma forma de verificar os indicadores financeiros do emissor e se ele cumpre as exigências regulatórias.

O site do próprio banco é outra fonte de informações, pois ele traz relatórios, comunicados ao mercado e balanços auditados. Esses documentos mostram todos os números importantes da instituição, como resultados, carteira de clientes, inadimplência, patrimônio líquido, e assim por diante.

Por fim, acompanhar notícias do mercado financeiro em veículos especializados é uma forma de estar por dentro de acontecimentos importantes que podem impactar os investimentos.

Garantia do FGC

Outro ponto importante é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira em casos de intervenção ou falência do banco.

Essa proteção é uma das maiores seguranças da renda fixa bancária, mas é preciso utilizá-la com estratégia, já que o limite por CPF vale para até quatro instituições, totalizando R$ 1 milhão. Em outras palavras, se você possui 4 CDBs de R$ 250 mil cada e de emissores diferentes, o somatório estará protegido.

Vale lembrar que haverá mudanças importantes no FGC a partir de 2026. Uma delas são as novas regras de cobertura para limitar a exposição por conglomerado financeiro.

Na prática, aplicações em diferentes bancos do mesmo grupo econômico deixarão de contar com a garantia integral. Até agora, cada CNPJ tinha direito ao limite de R$ 250 mil por CPF, não importando o controle societário do emissor.

Além disso, bancos com forte dependência dos recursos cobertos pelo fundo deverão pagar contribuições maiores, justamente para desestimular emissões com taxas muito acima da média do mercado. Por um lado, tudo isso traz mais segurança ao investidor; por outro, será mais importante ainda prestar atenção na diversificação da carteira.

Rentabilidade e indexadores

Como vimos, as taxas mais altas dos CDBs de bancos médios e pequenos são um diferencial na concorrência com instituições financeiras maiores.

Mas o que o investidor deve avaliar de fato é quando (e se) essa diferença compensa. Na conta, entram prazo, liquidez e exposição ao risco, já que uma rentabilidade maior pode estar atrelada a vencimentos bem mais longos.

Outro aspecto importante é comparar modalidades. Enquanto pós-fixados oferecem mais segurança em tempos de Selic alta, prefixados podem ser vantajosos para travar a taxa quando os juros caem. Ao considerar o tipo de remuneração e o cenário econômico, o investidor evita olhar só para a taxa e consegue avaliar melhor o que vale mais a pena para a sua carteira.