Preparado para as mudanças na aposentadoria do INSS em 2026?
Entenda as regras de transição e o que vai mudar no próximo ano após a Reforma da Previdência
As regras de transição da Reforma da Previdência se tornam mais exigentes em 2026. A partir do próximo ano, quem busca se aposentar pelo INSS precisará de mais idade ou tempo de contribuição para ter acesso ao benefício.
O ajuste anual automático pode pegar muitos de surpresa, mas com planejamento é possível se preparar para as mudanças.
Veja aqui um guia sobre as novas exigências, como calcular seu tempo de contribuição e o que fazer para se planejar com segurança.
Principais mudanças para 2026 na aposentadoria
As regras de transição da Reforma da Previdência, implementada em 2019, seguem um cronograma progressivo. Em 2026, as principais mudanças incluem:
- Pontuação: Mulheres precisarão de 93 pontos (idade + tempo de contribuição), e homens, de 103 pontos, respeitando o tempo mínimo de contribuição (30 anos para mulheres, 35 para homens).
- Idade mínima progressiva: Mulheres devem ter 59 anos e 6 meses, e homens, 64 anos e 6 meses, além do tempo mínimo de contribuição.
- Pedágios: As regras de pedágio (50% e 100%) continuam válidas, beneficiando quem estava próximo de se aposentar em 2019.
Esses ajustes ocorrem automaticamente, sem necessidade de nova legislação, e afetam quem ainda não cumpre os requisitos definitivos (62 anos para mulheres, 65 para homens).
Como ficam os cálculos dos benefícios?
O cálculo do valor da aposentadoria em 2026 segue a lógica estabelecida pela Reforma da Previdência:
- Média salarial: O benefício é baseado na média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, sem descartar os 20% menores valores.
- Percentual: O segurado recebe 60% dessa média, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição além do mínimo (15 anos para mulheres, 20 para homens). Por exemplo, uma mulher com 20 anos de contribuição recebe 70% da média salarial.
- Teto do INSS: Em 2025, o teto é de R$ 8,157.41, e deve ser ajustado em 2026 com base na inflação (INPC).
Esses cálculos valem para aposentadorias por idade, tempo de contribuição e regras de transição, garantindo valores proporcionais ao tempo contribuído.
Regras de transição previstas para 2026
As regras de transição são fundamentais para quem começou a contribuir antes de 13 de novembro de 2019. Em 2026, as principais são:
- Regra de pontuação
A soma de idade e tempo de contribuição deve alcançar 93 pontos para mulheres e 103 para homens. O tempo mínimo de contribuição permanece 30 anos para mulheres e 35 para homens. Exemplo: um homem de 68 anos com 35 anos de contribuição atinge 103 pontos e pode se aposentar.
- Idade mínima progressiva
Mulheres precisam de 59 anos e 6 meses, e homens, de 64 anos e 6 meses, além do tempo mínimo de contribuição. Essa idade aumenta meio ano a cada 12 meses até atingir o limite definitivo.
- Pedágio de 50%
Para quem faltava menos de dois anos de contribuição em 2019, não há idade mínima, mas é necessário contribuir por 50% do tempo restante. Exemplo: um homem com 34 anos de contribuição em 2019 precisava de mais 1 ano. Com o pedágio, contribui 1 ano e 6 meses.
- Pedágio de 100%
Exige idade mínima (57 anos para mulheres, 60 para homens) e dobra o tempo que faltava em 2019. Exemplo: uma mulher com 28 anos de contribuição em 2019 precisava de 2 anos. Com o pedágio, contribui 4 anos adicionais e deve ter 57 anos.
Como a nova idade mínima impacta trabalhadores
O aumento progressivo da idade mínima em 2026 pode adiar a aposentadoria de muitos trabalhadores. Por exemplo:
- Mulheres: Quem planejava se aposentar aos 59 anos em 2025 precisará de mais 6 meses de idade ou um ponto extra na soma de pontuação.
- Homens: A exigência de 64 anos e 6 meses pode obrigar trabalhadores com 35 anos de contribuição a esperar mais tempo.
Essa mudança impacta especialmente quem contribui irregularmente ou está próximo do requisito mínimo. Dados de 2025 mostram que 2,6 milhões de pedidos de benefícios aguardam análise no INSS, evidenciando atrasos que podem agravar o planejamento.